Prezado(a) cursista,
Queremos convidá-lo(a) para uma fascinante aventura: refletir sobre algumas características da época em que vivemos, tomar consciênciado papel da tecnologia na vida cotidiana, compreender a construção do conhecimento na sociedade da informação, descobrir como participar mais efetivamente desse processo e como inseri-lo em sua ação profissional de educador, contribuindo para a qualidade da educação e a inclusão social de crianças, jovens e adultos brasileiros.
M E D O
Modelo de Exclusão Digital por Opção
Será que professores fazem essa opção ? Se fazem, como lidar com isso?O ritmo da mudança é estonteante.Nos próximos três anos, a humanidade vai produzir mais informações do que toda a quantidade produzida até agora, é o queinforma um estudo especialmente produzido pela Universidade de Berkeley.A escola está preparada para preparar seus alunos para lidar com este oceano de dados?O outro lado desta fantástica realidade é a percepção clara do aumento contínuo da exclusão digital. Incluir os excluídos é um desafio e tanto.Neste cenário, há um fenômeno que intriga: o de pessoas e profissionais que, tendo todos os recursos tecnológicos à disposição, se recusa a utilizá-los.Tal fenômeno, que eu chamaria de MEDO - Modelo de Exclusão Digital por Opção - ocorre em várias áreas, tanto aqui como no exterior.Na área educacional o fenômeno MEDO se manifesta com freqüência e nos leva a uma reflexão, que jogo no ar: no caso de profissionais que são responsáveis pela formação de gerações de futuros trabalhadores que só terão chances se forem "Knowledge workers" - trabalhadores do conhecimento - será um direito optar por continuar usando apenas os seculares recursos da palavra e do giz?Na medida em que esta opção pelo conservadorismo pode afetarirremediavelmente a empregabilidade de uma infinidade de pessoas, será justo que o direito individual (inquestionável enquanto pessoa e questionável enquanto profissional) se sobreponha aos interesses coletivos?Ao lado de procurar prover a escola dos recursos tecnológicos necessários e de procurar por todos os meios estimular os professores a usá-los, cabe à liderança, a meu ver, colocar esta questão, principalmente paraaqueles mais resistentes.Estes, além de estarem colocando em risco sua própria sobrevivênciaprofissional - isto é um direito - colocam em risco a sobrevivênciaprofissional de seus alunos, a sobrevivência da escola em que trabalham e -por extensão - a dos próprios colegas - e isto não me parece direito. Achomesmo que aqueles que não gostariam de atualizar-se tecnologicamente não podem furtar-se de fazê-lo, por dever de ofício (basta imaginar um médico que se recusa a solicitar e analisar um exame de ressonância magnética por sentir-se mais confortável pedindo ao paciente que diga “trinta e três”).
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