Professora francana recebe prêmio do governo federal



SUCESSO - A professora Juliana Cunha de Melo mostra o

relatório do projeto ‘Do porquinho ao leão: para onde vai o

 meu tostão’, desenvolvido com alunos da ‘Professor

 Hélio Paulino Pinto’



A professora Juliana Cunha de Melo e a diretora Adriana Colantônio, da Escola Municipal “Professor Hélio Paulino Pinto”, do Residencial Ana Dorothéa, embarcaram anteontem para Brasília (DF). Juliana é uma das vencedoras do 5º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo MEC (Ministério da Educação). Além de receber o troféu na capital federal, apresentará o trabalho com o qual concorreu em um seminário para outros professores do País. Com o projeto “Do porquinho ao leão: para onde vai o meu tostão”, a professora concorreu com 1,6 mil trabalhos e está entre os 39 premiados. Ela ganhará R$ 5 mil e a escola R$ 2 mil em equipamentos audiovisuais e/ou multimídia. O objetivo do prêmio é reconhecer o mérito dos professores por experiências bem-sucedidas, criativas e inovadoras.
O projeto foi desenvolvido ao longo de 2011 com 22 alunos do 5º ano. A escolha da palavra porquinho no nome é uma referência aos tradicionais cofrinhos de moedas - ao ato de poupar - e leão, ao símbolo da Receita Federal.

As crianças, com idade média de dez anos, aprenderam sobre o sistema monetário brasileiro de forma lúdica e prática. A professora abordou questões relacionadas à destinação dos impostos, moeda padrão do País - real -, conservação do patrimônio, aplicação do dinheiro público, direitos do consumidor, necessidade de planejar e priorizar gastos e a importância da pesquisa de preços.

O projeto incluiu leitura de textos narrativos, entre eles o “Como se fosse dinheiro”, de Ruth Rocha. No texto, a autora conta a história de seu Lucas, dono da cantina escolar que costumava devolver balas e chicletes como troco. Um dia, o aluno Catapimba decidiu levar uma galinha para usar como pagamento pelo lanche e acabou incentivando outros colegas s a pagar de formas diferentes, sem ser com dinheiro. Certa vez, um deles chegou com um bode e o dono da cantina reclamou para a diretora que acabou defendendo os alunos e convenceu seu Lucas que balas e chicletes não eram dinheiro.

Os alunos também utilizaram notícias de jornais, charges, vídeos e panfletos de supermercados para aprenderem sobre porcentagens, contas com números racionais e as operações matemáticas básicas - adição, subtração, divisão e multiplicação. Em forma de rodízio, as crianças se tornaram, por um dia, atendentes na cantina da escola para aprenderem na prática sobre pagamento e troco. “Foi muito interessante a participação na cantina, porque geralmente montamos supermercados na sala de aula para trabalhar a questão de dinheiro e foi uma ideia diferente”, disse a professora Juliana de Melo.

Alunos aprovam iniciativa: ‘Esse projeto foi muito legal’

As 22 crianças que participaram do projeto “Do porquinho ao leão: para onde vai o meu tostão” aprovaram a iniciativa na Escola Municipal “Hélio Paulino Pinto”. Para elas, aprender mais sobre a importância de exigir nota fiscal na hora das compras, entender o pagamento e aplicação de impostos recolhidos pelo governo e ter a oportunidade de “trabalhar” na cantina da escola foram experiências enriquecedoras.

Amanda Silva Alveriano, 11, moradora do Residencial Ana Dorothéa, disse que ao atender outros estudantes na cantina teve mais noção sobre trocos. “Agora, se a gente receber um troco errado, vai perceber mais rápido e poder avisar o vendedor. Esse projeto foi muito legal porque a gente teve experiências reais com dinheiro”, disse ela.

O colega de classe Guilherme Henrique Silva Souza, 10, que mora no Jardim Paraty, gostou de ajudar a vender os produtos da cantina e aprender mais sobre os pagamentos de impostos. “Através desse projeto, aprendemos como criam as coisas na cidade, como é recolhido o dinheiro e investido em campos de futebol, escolas, prédios”, disse.

Autor(a): Nelise Luques Função: Repórter

Foto(s): Cassiano Lazarini/Comércio da Franca
Data: 15/12/2011

Fonte:   Comercio da Franca